sexta-feira, 17 de maio de 2013

Chapter 6



"Felicidade é poder estar com quem você gosta em algum lugar."
De repente meu cabelo  ficou muito interessante. Tyler e o Austin conversavam em voz baixa no banco de trás, já que o carro que meu pai estava era um estilo Chrysler Aspen - eu tinha visto o nome antes de entrar, já que havia achado aquele carro realmente bonito - e tinha dois assentos a mais no meio. Eu e meu irmão estávamos nesses bancos do meio, enquanto os dois estavam com espaço de sobra lá atrás, folgados.
Olhei para o meu irmão e vi que ele mandava mensagem, provavelmente para alguma nova iludida, sua sorte é que ele estava atrás do banco do motorista e meu pai não podia ver que ele mexia no celular. 
Fiquei olhando para a vista e esqueci as pessoas que estavam dentro do carro, a cidade era tão diferente da Califórnia, mas mesmo assim muito bonita, fiquei olhando algumas crianças brincando na rua.  Eu não prestava direito atenção no que eles faziam já que meu pai andava muito rápido. Logo paramos em frente á um teatro. Então era isso, iriamos á um teatro.  
 - Eu já volto. - disse meu pai e foi para a fila assim que saímos do carro. 
- Onde ele vai? - perguntei. 
 - Tentar arrumar lugar para o Austin. - respondeu a mãe do Tyler.
 - Ah. - eu disse e comecei a olhar para o teatro, tinha um grande outdoor escrito Olympia na frente e por sorte não estava muito cheio, já que ainda estava de tarde. Mas tenho certeza de que esse lugar deveria lotar a noite. 
 - Tudo certo. - disse meu pai e a mãe do Tyler foi ao lado dele, olhei para ela e comecei a forçar minha mente tentando lembrar qual era o nome dela, acho que era Raven ou Lauren, eu não podia chamá-la de "mãe do Tyler". Nova estratégia, não falar com ela.  
 - Qual é o nome da mãe do Tyler? - perguntei para o Austin, por dois simples motivos, primeiro que se eu fosse falar com o Tyler ele poderia ficar nervoso ou eu me enrolaria nas palavras e só conseguiria passar vergonha na sua frente, já que eu iria ficar tão vermelha quanto um morango. E em segundo lugar que se eu perguntasse para o meu irmão, provavelmente ele falaria alguma coisa e me deixaria constrangida.  
 - É... - o Austin começou a falar, mas foi interrompido pelo Jess.  
- Ei! O que vocês estão fazendo ai? - ele quase gritou e isso fez com que meu pai olhasse para mim irritado por dar motivos para meu irmão ficar com ciúmes. - Olha aqui moleque, eu... - Jess começou sua ameaça para cima do Austin e eu me coloquei á sua frente. 
 - Para Jess, olha a cena ridícula que você está fazendo, pensei que nossa conversa no avião havia funcionado para alguma coisa. - eu disse e me virei para o Austin. - Muito obrigada por me avisar que meu brinco havia caído. 
Coloquei a mão na orelha fingindo estar consertando ele e pisquei disfarçadamente para o Austin, antes de passar ao lado de um Jess envergonhado. Tá, ele não estava envergonhado, ele nunca ficava, mas percebi que ele havia ficado um pouco sem graça e foi falar com o Austin.
 - Vamos logo. - meu pai disse para os dois que estavam conversando e pelo visto a curta conversa estava boa, já que meu irmão e o Austin riam de alguma coisa, sempre achei isso estranho, a facilidade que os homens tem para conversarem um com o outro é tão impressionante. Se eu vou conversar com uma garota no banheiro, ou em alguma festa, a conversa acaba e provavelmente não vamos voltar a nos falar nunca mais. Porém com os homens é diferente, eles conseguem conversar sem acabar o assunto e no final do dia, já cominaram de sair e beber ou pegar várias garotas e na maioria das vezes eles voltam para casa cansados e sem ter conseguido nada.  
Fomos para os nossos lugares. Meu pai tinha pego as cadeiras C1, C2, C3, C4, C5 e C6. Como meu pai não gosta de se sentar no meio ele se sentou na C1, que era no corredor. Ao seu lado se sentaram a mãe do Tyler, o Tyler, o Austin e meu irmão. Deixando que eu me sentasse no último lugar que meu pai havia conseguido, que na verdade era para o Austin, mas Jess fez questão de se sentar ao meu lado, mas eu não me preocupei com isso. Só pensei no quanto eu sentia falta da Mari nesses momentos, se ela estivesse aqui estaríamos em uma conversa animada. Porém eu não cheguei a precisar sentir tanta falta dela, pois logo vi quem havia se sentado ao meu lado.  
Um garoto, não, um deus grego. Daqueles saído direto da revista e o melhor é que ele estava sem aliança. Sim, foi a primeira coisa que eu pensei: Tem namorada? E claro, depois de ver nas duas mãos que ele não tinha pensei, é gay. Mas esse pensamento se foi logo que eu o vi pegando o celular. 
 - Não, já chega Verônica. Está tudo acabado, não me ligue mais, essa é a última vez que eu atendo. - ele disse irritado e desligou o celular.  
Eu não percebi que eu o olhava até que ele se virou e me viu. Ele deu um lindo sorriso e senti meu rosto se esquentar. Eu queria quebrar o contato visual com ele, mas não tinha como. Tenho certeza de que seus poderes faziam efeito em mim.  
- Troca de lugar. - eu ouvi uma voz longe de mim e me senti sendo puxada para cima pelo braço.  
Eu ia decapitar meu irmão. Eu estava no meio de um momento sonhado por todas as garotas - e até mesmo por mim - durante tanto tempo e de repente chega ele e estraga todo o clima - que ocorria em minha mente, é claro. 
 - Como? - perguntei incrédula, ainda de pé. 
 - Isso mesmo que você ouviu Julia, vamos trocar de lugar. - ele disse passando por mim e indo se sentar no meu lugar, mas eu o puxei pela blusa e impedi que ele fizesse isso. 
 - De jeito nenhum. - eu falei irritada. - Fique ai conversando com o Austin e me deixa fora disso. - eu falei e tentei passar na frente dele, mas meu irmão foi mais rápido e se sentou me deixando super irritada. 
 - Senta ai maninha, o teatro já vai começar. - ele disse com seu sorriso - que eu tanto odiava - superior.  
Olhei para o lugar dele e olhei para o Austin que nos observava tenso e dei um sorriso para o meu irmão que olhou para mim assustado. Pois é né maninho, vamos ver quem se dá melhor agora. 
 - Então gato, você tem uma foto sua ai? - eu perguntei e Austin me olhou confuso. - É que eu vou mandar para o Papai Noel e te pedir de presente de Natal. - eu disse e Austin e o deus grego que antes estava sentado ao lado do meu irmão riram da minha cantada idiota, fazendo meu irmão me fuzilar com os olhos. 
 - Poxa, que cantada legal. - disse Jess irônico. 
 - Pelo menos funciona melhor que as suas. - eu disse e ouvi as vozes de algumas pessoas fazendo "UOOOOU!" que estavam sentadas atrás do meu irmão e me sentei, acabou o show. 
 - Acho que ele ficou irritado. - Austin me disse ainda rindo fraco. 
 - Pelo menos foi melhor essa do que aquela "Oi gato, já perdi a virgindade, mas eu deixo você brincar com a caixa onde ela estava guardada!" - eu disse em voz baixa e ele riu. 
- O nome dela é Karen. - ele me disse e olhou para a mãe do Tyler.
- Ah... Obrigada.
- Silêncio ai. - ouvi a voz do meu irmão do meu outro lado e abafei a risada junto com o Austin.

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