segunda-feira, 13 de maio de 2013

Chapter 5


“Nos desonestos pode-se sempre confiar na desonestidade. Honestamente, os honestos é que deviam ser vigiados, pois nunca se sabe quando farão alguma coisa realmente estúpida”
Acordei com uma enorme vontade de ficar no quarto, assim como eu vinha fazendo desde o dia em que teve o acidente da pizza, como eu estava chamando, a única coisa que fiz foi ficar no meu quarto e saia apenas para comer.
Porém meu querido pai, falou que hoje iriamos todos sair. Eu, ele, meu irmão - que ficou irritado em saber que não poderia sair sozinho - a amiga do meu pai e o filho dela. Que maravilha, como se ele já não tivesse me obrigando á muitas coisas, agora eu também teria que ser educada com as visitas.
Meu pai me disse que iriamos em um restaurante chique, então pediu para que eu usasse alguma coisa mais social, claro que sempre odiei usar roupas sociais, ainda mais aqueles saltos, tão lindos, mas tão desconfortáveis. No entanto sempre tive muitos deles, mas muitos eu nunca usei realmente.
- Ju usa aquele que sua mãe comprou no shopping. - disse minha amiga pelo telefone.
- Não Mari, aquele vestido é horrível. - eu disse e conhecendo minha amiga eu sabia que ela havia revirado os olhos.
- Para de drama, vai ficar lindo em você. - ela garantiu. - Por favor faz isso por mim, eu já estou longe de você. - Ótimo, a Mari Chantagista chegou.
- Tudo bem, eu provo ele, mas tenho certeza que aquele vestido nem vai caber em mim, é muito pequeno.
- Prove então e me mande uma foto. - disse ela e dando um suspiro eu levantei.
- Tudo bem, vou desligar então e te mando a foto. - eu disse olhando para o vestido azul marinho.
Sinceramente, achei que não ia caber, mas até que coube e mesmo que eu não quisesse admitir, tinha ficado bom. Ainda assim eu não poderia mexer minhas pernas direito, já que o vestido apertava minha coxa. Tirei a foto e mandei para a Mari.
"É PERFEITO você TEM que usar ele, depois lembre-se de me emprestar." ela respondeu e eu ri, ainda mais imaginando o ataque que meu irmão teria quando me visse, pensando melhor, o vestido estava perfeito.
Passei uma maquiagem leve e já estava pronta, antes de passar pela porta me olhei novamente no espelho. Minha roupa era perfeita para qualquer restaurante que a gente fosse, nem tão sofisticado, nem tão simples. Tomei coragem e sai do meu quarto.
"Me deseje sorte" mandei a mensagem para a Mari enquanto ia para a sala esperar os homens da casa, que por incrível que pareça demoraram mais do que eu.
"Boa sorte haha conhecendo seu irmão você vai mesmo precisar, mas NÃO mude a roupa." ela me mandou e eu estava respondendo quando recebi outra mensagem que me fez ficar de boca aberta "Aproveite para quando vier aqui e traz para mim um desses moleques gatos do seu prédio."
Eu escrevi rapidamente a mensagem em resposta, mas acabei ficando com muita raiva pois quanto mais rápido eu escrevia mais palavras eu errava "COMO ASSIM MARI? E O ANDY?" consegui escrever por fim.
"Terminamos." foi a única coisa que recebi, como assim eles tinham terminado?
"Me explica direito isso menina, como assim vocês terminaram?" perguntei e depois de muito tempo recebi a mensagem dizendo "Depois te conto.", ou seja, isso significava o fim da conversa. Olhei para o relógio e vi que já eram três e meia, pelo que eu me lembre meu pai havia pedido para que eu ficasse pronta as três, já que iríamos em um lugar antes de jantar.
- Pai! Jess! - gritei e logo meu pai apareceu vestindo um terno por cima da calça jeans escura que ele usava, sinceramente, eu não podia negar que meu pai estava bonito, na verdade ele era bonito, por ter tido seus filhos muito novo a idade não o afetava muito. Ele estava com o seu típico cheiro de perfume francês que eu gostava tanto.
- Está linda filha. - ele disse e deu um beijo na minha testa.
- Obrigada. - agradeci. - Você também está bem bonito. - elogiei e ele sorriu.
- Jess anda logo! - ele gritou. - Estamos atrasados!
Ouvi meu irmão falar algumas coisas que não consegui ouvir de dentro do quarto e alguns (muitos) minutos depois ele saiu. Ele estava bonito, não podia negar. Meu irmão era viciado em esportes, por isso não me impressionava que ele tivesse uma barriga e braços perfeitos que chamavam a atenção das garotas sempre que ele corria na praia, além do mais, Jess deixava a barba crescer e estava bem alinhada, o que dava a ele uma aparência de uns vinte anos.
Assim que passou pela minha porta ele olhou para mim e sorriu, mas não era um sorriso qualquer era o sorriso de quem vai aprontar algo e isso me deu medo. Jess chegou perto de mim e fingiu que ia dar um beijo em minha cabeça, mas acabou me colocando em suas costas.
- Solta ela Jess, não temos tempo para isso! - disse meu pai enquanto meu irmão me levava para meu quarto e se defendia dos meus tapas e chutes, eu comentei que ele era forte não é?
- ME SOLTA! - gritei e Jess parou me deixando no meu quarto, mas ficou parado á porta.
- Troque de roupa rápido, não temos tempo. - ele disse autoritário.
- Não. - eu disse cruzando os braços e ele ergueu uma sobrancelha.
- O que disse?
- Você me ouviu Jess, não sou uma criança e já me decidi, não vou trocar de roupa, pare de ser idiota e controle seu ciúme. - eu disse e tentei passar por ele, mas sem sucesso, ótimo, eu iria precisar de reforços. - PAI! - gritei.
- Jess deixa sua irmã vir do jeito que está! - ele disse e Jess bufou irritado dando meia volta e saindo apressado pela porta.
- Obrigada. - agradeci ao meu pai quando passei ao lado dele.
Desci no elevador ao lado do meu pai e do meu querido irmão. Assim que saímos pude ver um rosto conhecido á minha frente, lá estava o garoto que eu havia conhecido e me ajudado com a vadia loira. Meu irmão havia me deixado usar esse vestido, mas ele não havia abandonado seu lado super protetor. Tanto é que quando saímos do elevador Jess me abraçou pela cintura e sussurrou:
- Não vou deixar que esses idiotas fiquem olhando para a minha namorada. - ele disse e eu olhei para ele indignada e tentei me afastar dele, mas quando vi já estávamos parados perto da amiga do meu pai e controlei minha raiva e parei de me debater.
-Olá Karen, quero que conheça meus filhos Jess e Julia.
- Muito prazer. - disse a mulher de cabelo avermelhado. - Esse aqui é o amigo do meu filho Austin e meu filho Tyler foi pegar as chaves do carro que eu esqueci. - ela disse e quase que instantaneamente o garoto apareceu e olhou para mim surpreso.
- Você? - ele perguntou se aproximando.
- Já se conhecem? - perguntou meu pai e senti o meu irmão me abraçar ainda mais, Tyler olhou para a mão de Jess ao redor da minha e deu um sorriso simpático para mim, no momento eu queria desesperadamente matar o meu irmão.
- Ah... Já. - ele respondeu e viu meu olhar assustado, ele não podia falar nada sobre a loira oxigenada e pelo visto ele percebeu e terminou dizendo. - Conversamos no elevador outro dia.
- Que bom que já se conhecem. - disse a mãe dele. - Filho, esse é o Sr. Roland e esses são Jess e Julia, que você já conhece. - ela nos apresentou e eu vi Tyler dar um sorriso convencido para o meu irmão que me agarrou ainda mais.
- Jess, dá para você parar de agarrar a sua irmã? - disse meu pai irritado e fez com que a mãe do Tyler risse. - Vamos logo, tenho certeza de que vocês vão adorar o passeio hoje.
Os garotos estavam entrando no carro do meu pai, não sabia que ele tinha dois, mas ainda bem que tinha. Eu não gostaria de ficar espremida no banco. Peguei meu celular e escrevi rapidamente a mensagem "Amiga, lembra aquele cara gatinho que eu te contei que morava aqui no prédio, aquele que eu disse do sorriso? Ele é o filho da amiga do meu pai!"
- Entra logo no carro Julia. - disse meu pai irritado e eu entrei rapidamente, até porque pedindo com tanta delicadeza assim não tem como pedir para esperar um minuto. Eu sentia que teria uma tarde longa e com sorte ficaria livre do meu irmão e conseguiria conversar um pouco mais com Tyler.

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