terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Chapter 42


"Eu amo você e vou amar até morrer, se houver vida depois disso, vou amar também”
- Você tá bem? - Austin perguntou ainda em cima de mim e eu fechei os olhos soltando um gemido de dor.
Tudo o que eu conseguia sentir era uma forte dor na perna. Austin se levantou rapidamente de cima de mim e tentou me levantar, primeiro levantou minha cabeça, depois meu tronco, mas parou quando eu comecei a chorar. 
- Onde dói? - ele perguntou em voz baixa e eu respirei fundo tentando não me concentrar na dor.
- Aqui. - eu disse segurando o choro e apontei para o lugar em cima do meu joelho que doía.
- Fica calma. - ele disse, acho que mais para ele mesmo do que para mim.
Austin colocou meu braço em volta do pescoço dele e me levantou antes que eu pudesse reclamar, fazendo com que eu sentisse uma dor ainda maior e me apertasse em volta do corpo dele.
- Está tudo bem? - Austin perguntou e eu abri um pequeno sorriso.
- Está sim, eu estou chorando porque estou bem. - eu disse e senti ele respirar fundo, antes de balançar a cabeça tentando não rir.
- Vou levar você lá pra cima, fica quieta. - ele disse e começou a subir, fazendo com que eu sentisse uma dor ainda mais forte e o apertasse de novo fechando os olhos, não me importando com o suor dele. Se bem que, eu sempre dava a sorte de ser carregada por ele, quando ele estava suado. Esse pensamento fez com que eu risse fraco. 
- O que está pensando? - ele perguntou e abri os olhos encontrando os olhos dele fixos em mim.
- Em nada. - eu disse com um sorriso e me aconcheguei melhor nos braços dele, fechando os olhos novamente.
Ele voltou a subir a escada, enquanto eu sentia uma forte dor a cada movimento. Mas essa dor ao mesmo tempo me deixava feliz, era melhor que eu tivesse sentindo ela do que não sentisse nada. 
- Austin. - eu disse e ele parou, fazendo com que eu abrisse os olhos e encontrasse seus olhos verdes olhando para mim. - Eu gosto de você. - assumi e senti seu corpo enrijecer.
- Acho que você bateu a cabeça também. - disse ele e riu nervoso, voltando a subir, mas agora que eu já havia falado, eu iria até o final.
- Austin. - eu o chamei de novo e fiz olhar nos meus olhos novamente. - Estou falando sério, eu gosto de você.
Ele olhou para mim e desviou o olhar, apertando a boca duas vezes, antes de olhar para mim de novo e me beijar. 
Eu não estava esperando por isso, já estava começando a pensar que Zach havia mentido para mim. Por um momento a dor na minha perna parou. Nosso beijo havia sido mil vezes melhor do que no sonho. Austin pressionava minha cabeça em direção á ele e me apertava ainda mais ao seu corpo, enquanto eu me segurava e o puxava em minha direção. 
O beijo dele era calmo e perfeito, a cada vez que nossas línguas se tocavam eu sentia um frio na barriga, mas era uma sensação boa.
Quando nos separamos para respirar, Austin sorriu e me deu mais um selinho nos lábios antes de voltar a subir a escada. 
Olhei para ele e vi a marca do meu batom nele e passei a mão para limpar, fazendo ele olhar para mim de novo e sorrir.
- Pronto, agora saiu. - eu disse e sorri me encostando em seus braços de novo e fechando os olhos. Senti ele dar um beijo em minha testa e dei um sorriso fraco enquanto sentia a dor voltar ainda mais forte na minha perna.

Quando finalmente chegamos lá em cima, fomos rodeados com perguntas de todos os lados. Meu irmão e Zach tentavam tirar os repórteres de perto enquanto a Sra. Mahone chamava a emergência e Bia ligou para o meu pai, mesmo que eu dissesse que não era preciso.
Alex arrumou um espaço para Austin me colocar deitada e com a perna esticada até os para-médicos chegarem. Austin havia dito que eu caí e ele me ajudou, levando uma bronca da mãe por não ter ligado ao invés de subir sozinho comigo, mas pelo olhar que Alex havia dado ao Austin do tipo "você vai me contar tudo mais tarde" ele não havia acreditado nessa história. Mas até que não deixava de ser verdade.
Em pouco tempo eu já estava sendo levada na maca por eles, até a ambulância.
- Me deixem entrar! - ouvi o grito do meu irmão do lado de fora, enquanto ele batia na vã quase a quebrando.
- É meu irmão, podem deixar ele entrar. - eu disse e um dos homens de branco abriu a porta para ele.
- Oi Ju, você está bem? - ele perguntou enquanto tirava o cabelo molhado de choro do meu rosto.
- Estou sim. - respondi.
- Já que está bem, então me conte como foi que você caiu. - ele disse com um sorriso malicioso e eu revirei os olhos.
- Cai na escada. - eu disse.
- Mentira!
- Devo pedir para que o senhor se acalme ou devo retirá-lo da van. - disse o mesmo homem que havia aberto a porta para ele e meu irmão bufou irritado, mas não falou mais nada.

Quando cheguei no hospital já nem sentia mais a dor na minha perna, mas ainda sim tive que enfaixar. Meu pai estava desesperado quando eu cheguei e me viu na maca e havia avisado minha mãe sobre o tombo, tudo bem que nunca nos demos bem, mas meu pai não sabia disso e acabou combinando com a minha mãe de eu ir passar um fim de semana lá na casa dela. Pelo menos uma boa noticia com isso tudo, eu iria ver a Mari, mal podia esperar para contar pra ela sobre o meu beijo com o Austin, afinal eu ainda não estava acreditando muito nisso. Não estava acreditando mesmo! Da onde eu havia tirado aquilo? Eu não gosto dele! 
Tá. Tudo bem, eu gosto. Um pouquinho. Ok, mais que um pouquinho, mas a questão não é essa. Da onde eu tirei a ideia de contar pra ele que eu gostava dele? E por que ele me beijou? Ele não devia me beijar. Ele não podia fazer isso! Quando uma pessoa fala pra outra que gosta dela, não quer dizer que ela queira um beijo. Na verdade quer, mas você beija ela se você quiser. Se ele sabia que não podemos ficar juntos ele não devia ter feito isso. Ele não tinha esse direito.
Fechei a mão e dei um soco na cama, irritada pelo beijo e ainda mais brava ao perceber que eu tinha um sorriso bobo na cara. Eu definitivamente não podia gostar dele e sentia que já era tarde demais.
- Toc. Toc. - disse meu irmão entrando no quarto.
- Dizer toc, toc enquanto você já está entrando no quarto não tem sentido Jess. Afinal, da onde tirou isso? Está finalmente assumindo sua homosexualidade? Por favor não me diga que se apaixonou por algum dos meninos do crew. - eu disse e Jess revirou os olhos me empurrando na MINHA cama, para poder se sentar do meu lado.
- Eu não sou gay Julia, você sabe muito bem disso. - disse ele com um sorriso safado. - Sabe que... Se você não fosse minha irmã e... Eu estivesse em um quarto escuro, até que... 
- Até que nada. - eu disse e dei um tapa nele.
- Certo, certo. - disse ele e me empurrou ainda mais pro lado. Folgado. - Então... Eu não me apaixonei por nenhum deles, mas você não pode dizer o mesmo não é?
- Olha Jess eu...
- Não mente Julia. - ele disse se virando e ficou de frente para mim. - Fala a verdade, você gosta daquele babaca não?
- Babaca? Pensei que fossem amigos. A Sra. Mahone te elogiou muito.
- Serio? Eu gosto da mãe dele. Por isso não o chamei de filho da...
- Tudo bem Jess, eu já entendi. E não precisa se preocupar ok?
- Logico que preciso! Tenho que acabar com todos os caras que tentarem chegar perto de você. Mas se todos eles virarem meus amigos como eu fico? - perguntou e eu ri com isso me lembrando do Robert e do nosso beijo. - O que foi?
- Nada. - eu disse e dei um falso bocejo. - Foi um dia cansativo não? Preciso dormir.
- E não vai nem tirar a maquiagem? - ele perguntou e eu ri.
- Sabe... Estou começando a acreditar que você realmente está virando gay. - falei e ele se levantou.
- Só estou feliz porque amanhã vou dar uma lição num tarado que fica achando que virou festa. - ele disse e apontou para os produtos do banheiro. - Qual deles?
- O rosa. - eu disse e ele trouxe para mim o demaquilante. - Preciso de um algodão também. - eu disse e ele revirou os olhos e foi buscar. - Uau, você conhece mais meu quarto do que eu. Espero que não esteja trazendo nenhuma das suas putas pra cá.
- Não estou mais saindo com nenhuma puta. - ele disse e piscou me dando o algodão.
- Obrigada. - eu disse e ele voltou a se sentar do meu lado. - Eu te conheço, você não vive sem elas.
- Sai dessa vida maninha. - ele disse e olhei para ele como se ele tivesse acabado de assumir que sequestrou nossa vizinha e ela estava vivendo amarrada de baixo da cama dele apenas com água e bolacha água e sal. E talvez isso fosse até mais provável do que Jess decidir parar de ficar com todas as meninas que olhavam para ele. - Você... Se apaixonou?
- Claro que não. - ele disse e olhou para a porta do meu banheiro. - Eu só... Sei lá, estou tentando começar uma vida nova. 
Não sei quem ele achava que eu era para acreditar nessa mentira, mas aceitar o fato de que meu irmão estava realmente apaixonado era impossível, ainda mais se você o conhecesse como eu. Se eu não soubesse que ele ama uma vadiazinha - como diz a Mari.
Bom... Não vou dizer que ele não tem coração, ele até namorou a Mari por um tempo, foi assim que viramos amigas, mas eles eram crianças, Jess ainda estava descobrindo as coisas sobre sua masculinidade, mas isso não vem ao caso.
- Já tirei tudo. - eu disse e passei o algodão sujo para ele jogar no lixo e o demaquilante para ele guardar.
- Não sei para que isso. - disse ele. - Você não precisa ficar bonita para atrair mais babacas pra cima de você, além disso, pouparia o trabalho de tirar.
- Eu não passo maquiagem para outros caras. Eu passo pra mim mesma. E pra causar inveja nas inimigas.- eu disse e ele revirou os olhos.
- Você estando comigo já causa inveja nas inimigas. - ele disse, claro, humildade no topo da lista.
- Ok, Jess. Preciso dormir. - eu disse e tentei empurrar ele da cama.
- Calma ai, ainda nem falamos sobre seu tombo. - ele disse e encostei a cabeça na parede.
- Isso de novo? - perguntei.
- Era tudo o que eu precisava. - ele disse e se levantou da cama.
- O que?
- Se você não quer falar é porque realmente aconteceu algo, você sabe que não consegue mentir para mim.
- Consigo sim!
- Sério? Então me diga que você e o Austin não estavam juntos e não se beijaram.
- Eu e o Austin não estávamos juntos e não nos beijamos. - eu disse e ele deu um soco na parede.
- Vou matar aquele desgraçado! - ele disse e fechou a porta com força, mas abriu de novo para me dar um aviso. - Da próxima vez que for mentir, tenta esconder o dedo cruzado atrás das costas.

3 comentários:

  1. OMG! OMG!
    Que cap perfeito! Aliás, fic perfeita!
    Leitora nova, to amando, serio!
    Continua flor, porfa!

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    1. muuuuito obrigada meesmo! Seja bem vindaa! continuooo sim gatosa pode deixar <3

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  2. espero que ele não faça nada ao Austin kkkkkk já tava pensando q não ia rolar bju ate q fim kkkkkk'

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