sábado, 28 de setembro de 2013

Chapter 32


"Tem coisas na vida que valem mais do que dinheiro, por exemplo: barras de ouro"

Domingo chegou tão rápido como se foi. Que eu lembre eu só fiquei em casa mofando e correndo atrás do meu pai toda vez que Jess e ele resolviam conversar, para saber se ele contava alguma coisa sobre a blusa para o meu pai, mas por algum motivo - que tenho certeza que descobrirei em breve - Jess não disse nada. Nem sequer chegou em alguma conversa parecida. Tirando isso aproveitei para ficar usando meu novo celular, longe do meu pai, é claro.
- Você vai demorar para se arrumar todo o dia? - perguntou Jess da porta e eu revirei os olhos e guardei o celular dentro da bolsa.
- Estou pronta Jess. - eu disse abrindo a porta do quarto e o fazendo tropeçar.
- Por que não saiu antes então? - ele perguntou já se dirigindo á porta.
- Porque eu só terminei agora. - respondi dando de ombros. - Jess! - o chamei quando ele já passava pela porta da sala. 
- O que é Julia. - ele perguntou entediado.
- Acho que você só está esquecendo a refeição mais importante do dia.
- Não é hora do almoço. - ele disse e continuou a andar passando pela porta.
Voltei correndo na cozinha e peguei uma pera que estava la em cima da mesa, já que não comia nada desde ontem a tarde, quando meu pai anunciou que iria sair com Karen e eu não precisei mais ficar perto de Jess, decidindo passar o resto da noite trancada no quarto e conversando com a Mari. 
- Julia vem logo o elevador chegou! - gritou meu irmão com seu maravilhoso tom educado me fazendo sair correndo, mas quando cheguei ainda estava no andar de baixo me fazendo olhar irritada para Jess. 
Assim que a porta abriu eu me assustei ao ver ninguém menos do que Robert. 
- Oi Julia. - ele disse com um sorriso. - E ai Jess. - disse ele e meu irmão fez um toque estranho com ele, antes de Robert me cumprimentar com um beijo no rosto. 
- E ai como vão as coisas? - perguntou Robert e eu olhei disfarçadamente para eles me interessando pela conversa.
- Vão bem, vão bem. - disse Jess e olhou para mim fazendo eu virar o rosto para a porta do elevador. 
- Acho que dessa vez da certo. Mas o lance de sexta foi... - Jess parou de falar ao ver a porta se abrir. 
Jess saiu na frente com Robert em seguida e os dois se dirigiram ao carro do meu pai.
- Ele vai com a gente? - perguntei me referindo á Robert. 
- Oh sim. - disse Jess e entrou no carro.
Em pouco tempo Jess e Robert já estavam falando sobre basquete. Tudo bem que eu não sabia que meu irmão tinha algum conhecimento sobre isso, mas do jeito que ele falava parecia ter sido jogador desde pequeno.
Nunca pensei que ficaria feliz em ver o prédio da escola, mas se eu aguentasse mais alguma coisa sobre "aquele ponto foi falso ele estava fora da área.", ou alguma discussão idiota de qual time era melhor do que qual ou até mesmo qual melhor jogador da partida eu piraria.
Sai do carro me despedindo rapidamente de Robert e fui em direção ao predio.
- EI! - ouvi a voz de uma menina gritar atrás de mim. - Julia! - ela chamou e eu parei me virando para ver quem era e não reconheci a garota que corria na minha direção,mas pelo estilo da roupa, cabelo e maquiagem ela so poderia ser do ultimo ano.
- Oi? - disse quando ela se aproximou.
- Pediram para eu te entregar isso. - disse ela e me deu um convite. - Espero que possa ir.
- Certo. - eu disse olhando o convite.
- Leve seu irmão também. - a garota falou e eu olhei para ela que tinha um sorriso no rosto. 
- Vou pensar. - eu respondi com um sorriso falso.
- Tudo bem, te espero lá então. - ela disse e saiu após dar um aceno.
Voltei a andar a caminho da sala e assim que vi a primeira lixeira joguei o convite roxo lá. Digamos que já havia acontecido isso algumas vezes nas minhas escolas, mas normalmente eles demoravam mais para descobrir que eu e Jess tínhamos algum parentesco. Cheguei na sala e já fui direto para a cadeira ao lado da janela, eu não queria que ninguém viesse conversar comigo e pelo o que eu lembrava, Bia não fazia parte daquela aula. 
- Oi! - disse Sara sorrindo se sentando ao meu lado, fazendo com que eu olhasse para ela brava.
- O que você quer dessa vez? - perguntei cruzando os braços. Por que as pessoas simplesmente não poderiam entender que segunda-feira de manhã não é um bom momento para iniciar uma conversa. Ainda mais essa traidora.
- Oh... - ela abaixou levemente a cabeça. - Alex me contou que provavelmente estaria brava comigo.
- Sim. E acho que meu motivo é óbvio não é mesmo?
- Não! Eu não conversei com você aquele dia só porque eu queria descobrir se você tinha ouvido a conversa deles. - ela disse e eu ergui a sobrancelha sem acreditar.
- Não?
- Tá. - ela disse e revirou os olhos. - Certo, no inicio foi só por isso, mas você parece ser uma pessoa legal sabe...
- Só pareço. - disse e voltei a olhar para frente.
- Julia. - ela me chamou e eu olhei para ela novamente. - O que você acha de começarmos tudo de novo então? - ela disse e eu me lembrei do acordo idiota que eu tinha feito aquele final de semana. 
"- Comprei para você, afinal... Você cantou não é? - ele disse e eu comecei a chorar sem acreditar. Ele pegou o iPhone da mesa e levantou. - Mas tenho uma condição.
- Ah... Claro. O que é? - eu sabia que estava fácil demais.
- Você aceitar esquecer tudo o que aconteceu e recomeçar tudo. - ele disse e eu pensei por um tempo, claro que iria ser difícil esquecer tudo o que ele disse, mas o iPhone valia a pena."
- Julia. - Sara me chamou e olhei para ela. - Então... Aceita?
- Claro, porque não? - respondi e ela sorriu.
- Maravilha! Por que não senta com a gente hoje no intervalo?
- Acho melhor não. - respondi e vi o professor entrar. - Já vou me encontrar com uma amiga.
- Chama ela para ficar com a gente também. - ela disse. - Eu não ligo.
O professor chamou a atenção de todo mundo e vi Alex e Robert entrarem na sala pedindo desculpas pelo atraso. Antes de se sentar do outro lado da sala Robert deu um sorriso fraco para mim e Alex se sentou atrás de Sara.
- Está tudo bem? - ouvi ela perguntar em voz baixa. 
- Tá sim. - ele disse e pegou o caderno, começando a escrever o que o professor estava escrevendo na lousa e comecei a copiar também, mas não sem antes notar a rápida olhada que Alex deu para Robert e pelo jeito deles, não estava nada bem.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Chapter 31

"Eu tenho o olho do tigre, de uma lutadora dançando no fogo, porque sou uma campeã e você vai me ouvir rugir''
Tirei a foto dele e senti a mão de Dave me apertando pelo pescoço.
- PA-RA! - gritei enquanto batia na mão dele e taquei o celular no chão.
- Dave! - Austin gritou olhando para nós e Dave me soltou me olhando de um jeito que deu medo.
- Sabe Julia, você é pior que o Austin. Terceira vez que você faz isso comigo. 
Normalmente não sou vingativo, mas essa vai ter volta. - ele disse e eu engoli em seco e olhei para o Austin que olhava atentamente para frente.
- Para Dave foi só uma brincadeira. - eu disse enquanto arrumava minha roupa e meu cabelo.- Você precisa aprender a pegar mais leve nessas brincadeiras. - disse Austin e eu cruzei o braço irritada.
- A culpa não é minha se vocês não sabem brincar. - eu disse emburrada. - Já estamos chegando?
- Já. - disse Austin.- É duas quadras daqui, se quiser ir andando boa sorte, não posso fazer o farol abrir só porque você quer.
Preferi não falar mais nada e apenas esperei que chegássemos ao parque. E assim que chegamos eu pude ver meu irmão tentando falar no celular enquanto Robert tentava pegar da sua mão. Desci correndo do carro e pulei nas costas do meu irmão.
- E ai maninho. - eu disse e ele desligou o celular. 
- Julia sai de cima de mim. - ele disse e tirou meu braço que estava em volta do pescoço dele. 
- O que foi? - perguntei fazendo a minha melhor cara de anjinha.
- Como você sai assim sem avisar? - ele perguntou irritado. - Onde você estava?
- Você não é meu pai Jess e não que isso te interesse, mas encontrei o Austin aqui e a gente foi tomar sorvete. - eu disse e pisquei disfarçadamente para o Robert.
- É? E onde está o Austin? - ele perguntou e eu olhei para trás onde antes estava o carro dele, agora tinha um carro prata estacionando.
- Deve ter ido embora. - eu disse dando de ombros. - Tudo bem Robert? - eu disse e o cumprimentei.
- Me deve essa. - ele disse no meu ouvido. 
- Sem problema, obrigada. - eu disse.
- Olha só! - Jess disse fazendo eu voltar minha atenção a ele. - Uma blusa. - ele disse e se aproximou da blusa que eu imediatamente reconheci como a blusa do Austin, provavelmente eu devia ter saído do carro com ela e nem percebi. 
- Essa blusa não é do Austin? - perguntou Robert e Jess pegou a blusa.
- Se essa blusa é dele ele estava sem blusa? - Jess perguntou e senti meu rosto corar um pouco. 
- Claro que não! Muitas pessoas devem ter blusas iguais a essa, pode ser de qualquer um. - eu disse sentindo o olhar de Jess e Robert sobre mim, tendo a certeza de que eles não haviam acreditado em mim. - Vamos embora? - perguntei e fui andando na frente em direção ao nosso prédio. 
- Julia. - ouvi Jess me chamando e virei. - Estou com o carro aqui.
Dei um sorriso sem graça e decidir ir no carro com ele e Robert. Agradeci mentalmente um milhão de vezes por morar perto do parque, durante a volta até o apartamento nem ele nem Robert disseram uma palavra. E eu já estava ficando cansada de tanto silencio. Assim que chegamos ao estacionamento sai na frente dos dois em direção aos elevadores. E mesmo com a demora do meu elevador para chegar eles não apareceram. 
Não me importei muito com isso e fui para o apartamento, parando a poucos centímetros da porta ao ouvir vozes da sala e encostei a cabeça na porta para ouvir.
- Eu não acho que seja isso, ela daqui a pouco se acostuma, ela veio faz pouco tempo. - disse a voz que reconheci como a voz de Karen.
- Jess me disse que ela sempre quis vir morar comigo, que ela e a mãe brigavam demais. Mas não é isso que está parecendo. - ouvi a voz do meu pai e engoli em seco, eu sabia que ele estava falando de mim e Jess realmente não mentiu, eu brigava muito com a minha mãe, mas infelizmente eu tinha amigos na Califórnia e não tinha como trazer eles comigo.
- Então vai mesmo mandar ela para a Califórnia? - perguntou Karen e eu ouvi o barulho do elevador se aproximando resolvendo abrir de uma vez a porta.
- Filha? - perguntou meu pai se levantando assustado do sofá. - Onde estava?
- No parque. - respondi. - Oi Karen. - eu disse a cumprimentando. - Vou para o meu quarto. - eu disse ao ver Jess chegar na porta. 
- Não está com fome? - perguntou meu pai. 
- Não, obrigada. Só quero ficar no meu quarto vegetando um pouco, ultimamente minha vida tem sido muito corrida. - respondi. 
- Imagino. - disse Jess num tom malicioso e o olhei irritada. - Oi Karen.
- Vou indo, tchau Karen. - eu disse e fui para o meu quarto. 
Assim que cheguei me joguei cansada na cama, parecia que havia tanto tempo que eu havia me levantado dessa cama de manhã. Tirei do bolso o que estava me incomodando e me assustei ao ver o meu iPhone, eu havia me esquecido completamente dele. 
- Julia! - ouvi uma voz da minha porta e joguei o celular para de baixo do travesseiro.
- O que é? - perguntei irritada para Jess que tentava olhar o que eu havia escondido. 
- O que tem ai? - ele perguntou já entrando no meu quarto. 
- Não te interessa, agora sai daqui, já te disse para bater antes de entrar. - disse irritada enquanto tentava o empurrar para fora.
- Tudo bem, eu saio. - ele disse parando na porta. - Mas só quero ver qual vai ser a desculpa que vai usar para o nosso pai quando for contar que seu namoradinho te deu um iPhone.
- Ele não é meu namorado! - disse irritada controlando minha voz para que meu pai não escutasse da sala. - E ele não me deu, foi uma aposta que eu ganhei.
- Que seja, vamos ver se o papai acredita mais nas suas histórias do que eu, mas sabe... Você ainda me deve uma explicação do motivo daquela blusa estar no chão e suada. - ele disse e sorriu antes de sair.
Droga! Aquilo não era suor! Não era nada do que ele estava pensando! Ótimo, eu estava ferrada agora. 

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Chapter 30


"Uma coisa é certa: ficar sentado se sentindo infeliz não vai mudar nada."
Sabe aqueles dias que você tem sorte? Bom... Um dia é muito longo e muitas coisas podem acontecer nele. Sorte do dia: Consegui dar uma lição naquele folgado. Azar do dia: Dave estava atrás de mim. Eu sei que ele não poderia fazer nada comigo, pelo menos era o que eu esperava, mas nos próximos dias eu ficaria de olho nele, nunca se sabe quando alguém vai querer realizar uma vingança contra você. 
Porém além de tudo tem uma coisinha chamada carma. Na verdade eu não acredito muito nisso. Então chamem de carma ou de macumba feita pelo cabelo de bombril. O fato é que assim que eu cheguei no estacionamento lá estava o babaca sorrindo com o guarda costas e uma Becky preocupada. 
- O que aconteceu? - perguntei estranhando o fato de o idiota estar sorrindo se ele estava ainda todo molhado.
- Sabe Julia... - começou ele com uma voz calma que me preocupou. - Você avisou seu pai que sairia comigo hoje? - ele perguntou e eu olhei para ele assustada, eu acho que realmente havia me esquecido desse detalhe.
- Por que? - perguntei não respondendo a pergunta dele e ele me abraçou me molhando e mostrou a mensagem do Alex que estava em seu celular. 
"Ei cara a Julia não ia sair com você hoje? Está todo mundo procurando ela. Tão falando que ela sumiu." 
Li a mensagem três vezes tentando absorver as palavras que estavam escritas ali. Talvez fosse mentira, mas não tinha como Austin saber se eu havia ou não me despedido de alguém antes de sair de casa, tinha?
- Meu Deus! - foi a única coisa que eu consegui dizer depois que meu coração voltou a bater. - Becky me empresta seu celular, rápido! - pedi e ela me entregou o celular dela. Por sorte ela tinha o número de quem eu precisava.
- Robert! - eu disse desesperada.
- Julia! Onde você está? - ele perguntou preocupado. - Eu estou... Estou com o Austin, ele veio me trazer em uma reunião para eu conhecer a Becky porque ele descobriu que eu sou uma grande fã dela. - menti e ouvi a risada do Austin de fundo me fazendo tampar o microfone. - Meu irmão tá ai?
- Não, ele ligou para mim há uns dez minutos perguntando se eu sabia onde você estava porque ele tinha chegado em casa e você não tinha chegado ainda. - Robert disse. 
- Liga para ele por favor e fala que eu estou lá na praça que ele e o Dave brigaram, mas atrasa ele e me liga.- eu disse. 
- Ligar nesse número? - ele perguntou e eu parei para pensar um pouco.
- Não, melhor... Não liga, só enrola ele mais ou menos meia hora. - eu disse. - E fala para ele não avisar o meu pai, porque ele é muito desesperado.
- Meia hora? - ele perguntou assustado.
- Sim, por favor! - pedi e ouvi ele suspirar.
- Ok, vou ver se eu consigo. - ele disse e desligou.
- O que você vai fazer? - perguntou a Becky e eu olhei para o Austin. - Me leva agora para o parque - eu disse e ele olhou para mim incrédulo. - Já virou amigo do Justin? - perguntei sorrindo e ele fechou o sorriso que tinha na cara. 
- Becky, me arruma roupas secas por favor? - ele pediu e ela assentiu saindo dali.
- Vai logo. - eu disse estressada, afinal eu só tinha meia hora.
- Eu não vou sair daqui molhado. - ele disse e tirou a blusa, fazendo com que eu me virasse para não acabar babando por aquele tanquinho definido.
Quase cinco minutos depois Becky voltou e percebi que ela prendeu a risada ao ver minha situação. Bom... Nesses cinco minutos Austin e Dave ficaram conversando alguma coisa que eu não fiz questão de ouvir, além disso eles também estavam falando em voz baixa. Mas eu tentei virar para fazer leitura labial e foi exatamente isso que resultou na minha cara mais vermelha do que um tomate.
- Ótimo. - eu disse mal humorada. - Vamos logo por favor. - eu pedi, afinal se Austin quisesse ele poderia enrolar muito ainda para me levar.
- Vamos. - ele disse e colocou a blusa fazendo com que eu me perdesse por poucos segundos em seu corpo, mas foi suficiente para Becky ter um ataque de tosse para disfarçar a risada e me fazer pegar a blusa molhada dele que estava em cima do carro e tacar em sua cara. 
- Ei! - ela disse depois de jogar a blusa no chão. - Eu te ajudei Julia!
- E eu realmente te agradeço muito, mas você pediu isso. - eu disse. - Guarda ela, talvez você venda e consiga bastante dinheiro. 
- Ha! Ha! Não preciso disso querida, mas você talvez pode precisar. - ela disse e jogou a blusa pela janela para mim.
- Ninguém vai ganhar dinheiro com a minha blusa. - disse o Austin se metendo na conversa e pegou a blusa da minha mão. - Vamos logo. Julia você vai na frente comigo.
- Até outro dia Julia.- disse Becky e eu me despedi dela e entrei no carro.
- Segura para mim. - disse Austin e colocou a blusa no meu colo. 
- Ahh, tira isso daqui. - reclamei, afinal a blusa havia me molhado.
- Segura para mim, estou dirigindo. - ele disse e olhou pelo retrovisor Dave que estava atrapalhado com a blusa. - DAVE! VOCÊ NÃO CONSEGUE NEM POR UMA BLUSA!
- Claro que consigo, mas essa blusa é pequena demais. - disse ele terminando de passar o braço pela blusa que ficou parecida como um top fazendo Austin e eu prendermos a risada. 
- Está ótimo Dave, entra logo no carro. - ele disse e Dave entrou, não sem antes dizer que eu estava me tornando uma má influencia para o Austin, essa era boa. 
Austin até que estava indo bem mais rápido do que eu pensava. Ele não enrolou tanto para dirigir, mas mesmo assim estávamos muito longe, não conseguiríamos chegar a tempo.
- Não vai dar. - eu disse e tirei a blusa dele que estava estendida no painel do carro para ver se ainda estava molhada e na verdade só estava  um pouco úmida.
O celular do Austin começou a tocar e ele me deu para que eu atendesse a ligação do Robert.
- Oi. - eu disse. 
- Onde vocês estão? Já tão chegando? - ele perguntou nervoso.
- Eu acho  que estamos quase ai. - eu disse sem ter noção de quanto tempo mais ia levar para chegarmos lá. - Enrola mais um pouco. - pedi. 
- Não da! - ele falou. - Já estamos aqui dentro do parque e falei para o seu irmão perguntar para alguém se te viram por aqui.
- Ótimo, enrola mais um pouco tchau.- eu disse e desliguei. 
- Estamos quase lá. - disse Austin enquanto virava em uma rua que eu não conhecia. - Só mais dez minutos.
- Dez minutos! - perguntei assustada. - Essa não. 
- Calma que via dar tudo certo Julia. - disse Dave e eu olhei para ele que ainda vestia aquela roupa de criança.
- Obrigada Dave. - eu disse e olhei para o celular do Austin na minha mão. - Hey Dave!
- O que foi? - ele perguntou voltando seu olhar a mim.
- Diga X.