sábado, 22 de março de 2014

#ASKMari


"Toda história tem um fim, mas na vida todo fim é um novo recomeço."
- Mari já está na hora. - ouvi a Juliana chamar e revirei os olhos. Tudo bem que ela era a escritora da fic, mas precisava ser tão mandona toda hora? Até que tirando todas as vezes que ela me censurava ou mandava eu voltar para a história que eu já estava perdendo o foco... Era até bom trabalhar com ela. Eu sentiria sua falta, mas é claro que nunca assumiria isso em voz alta. - Anda logo" - ela gritou e eu me levantei cansada, mas feliz. Era a primeira vez que eu tinha um capitulo para mim e realmente esperava que isso significasse um aumento no salário.
- To indo. - gritei e ouvi ela bufar e sair andando do lado de fora. Me olhei mais uma vez no espelho e até que gostei do resultado. Agora sim estava na hora do show. Eu só queria que o Justin também estivesse presente aqui, assim eu já iria aproveitar e perguntar por que ele não responde minhas DMs...
- Mari! - ouvi o grito dela afastado e sai pela porta, era bom que ela me pagasse mais.
- Você está atrasada. - ela disse e eu me segurei para não revirar os olhos. - A fic já acabou tem quase um mês.
- Exagerada. - reclamei. - Acha mesmo que eu não me lembro que a festa de noivado da Bia foi há algumas semanas atrás?
- Você se lembra disso? - perguntou ela surpresa.
- Claro. - eu disse como se fosse óbvio. - Tive que aturar aquele idiota do Alex por uma noite sem poder dar um soco na cara dele. O pior é que ele e o Andy ficaram amigos, eu não mereço isso. No próximo churrasco vou fazer o favor de convidar ele e esfregar a cara do babaca no carvão. 
- Você não vai fazer isso. - ela me repreendeu e eu olhei para ela com a melhor cara de inocente que eu tinha.
- Por que não? - perguntei.
- Porque eu estou dizendo. - disse ela e cruzou os braços. - Agora entra logo lá e responde as perguntas, você está atrasada.
- Você já disse isso. - falei e ela olhou para mim com raiva, se eu quisesse um aumento no meu salário tinha que ser melhor que isso. - Ok, estou indo. 
Eu imaginava um palco no minimo parecido com o da Ellen, mas poderia ser também um como o Oscar. Mas não era nada disso. Tinha apenas uma cadeira para mim atrás de uma mesa preta e um sofá branco do lado. Respirei fundo e passei pela cortina recebendo aplausos. Olhei para a plateia e sorri. Estavam todos lá, tinha até um cachorro, que latiu para mim enquanto eu andava até a cadeira.
Assim que me sentei dei uma olhada melhor na minha platéia, se todos estavam ali não custava nada eu... Meus pensamentos começaram a querer sair da minha cabeça. Segurei a mesa com força para não desmaiar. Ele estava ali. Justin Bieber estava ali. Eu. Ele. Um sofá. Será que ele tinha tempo para uma rapidinha? Ok. Concentração. Eu mordi a língua com raiva por ter prometido para o Andy que não faria sexo com o Justin. 
- Justin Bieber venha aqui por favor. - eu disse e ouvi a Juliana gritar no meu ouvido. - Ops. 
Pelo visto eu não iria ganhar meu aumento, mas já que o Justin estava ali, mesmo olhando para mim confuso, talvez ele pudesse me dar um dinheiro extra.
- Boa noite a todos. - comecei de novo e todos aplaudiram dessa vez. - Eu quero agradecer a todos que me ajudaram a conseguir um programa para mim. E agradeço a todos ao grande sucesso de Dear Mahone. Eu deveria começar respondendo ás perguntas, mas antes eu gostaria de chamar um convidado especial. Justin? Você pode vir aqui?
Dessa vez ele desfez a cara confusa e colocou aquela cara de sofrido na cara de novo antes de se levantar e vir estilosamente para o palco e se sentar no sofá.
- Boa noite a todos. - disse ele e todo mundo aplaudiu, inclusive eu, e deu um sorriso perfeito olhando para mim. Foco Mari, lembrei a mim mesma. 
- Boa noite. - respondi e peguei umas fichas com perguntas que tinha em cima da mesa, começando a mexer nelas sem realmente ler nenhuma delas. - Tem uma pergunta para você.
- Tem? - ele perguntou surpreso e eu assenti. - De quem?
- De mim. - eu disse e olhei para ele séria, abaixando as fichas e cruzando os braços. - Por que você não responde minhas DMs?
- Oh. - ele disse e passou a mão nervosamente pelo cabelo. - Ah... Sabe? Eu meio que ando ocupado, e tem muitas DMs que me mandam eu não fico realmente procurando nenhuma.
- Ah... Certo. - eu disse e respirei fundo. - Você tem 500 dólares?
Ele mexeu na carteira e tirou algumas notas contando elas e me mostrou.
- Tenho quase 380 só, por que? - eu peguei as notas da mão dele e sorri colocando elas no peito.
- Digamos que provavelmente não vão me pagar muito por isso. - eu disse e ouvi a Juliana concordar pelo aparelho que estava em meu ouvido. - Só mais uma coisa, qual seu whats app?
- Chega! - gritou a Juliana entrando no meio do palco. - Vamos aos comerciais. - disse ela e eu me levantei.
- Não. Sem comerciais. - falei e olhei para o Justin, ele estava com um sorriso no rosto, com certeza se divertindo ás minhas custas. - Vamos continuar o programa.
A Juliana saiu batendo o pé e eu voltei a olhar para o Justin que pegou minha mão para escrever seu numero, mas então as luzes se apagaram e eu senti sua mão se soltar da minha.

Quando as luzes voltaram a se acender Justin não estava mais lá. Ele havia voltado para o seu lugar e atrás das cortinas Juliana sorria para mim. Ela apontou para as fichas e eu me sentei irritada, notando que Justin só havia tido tempo para escrever 18 na minha mão. Depois eu iria atrás dele.
- Agora vamos começar com as perguntas. - eu disse sem estar muito animada. - "Vai ter segunda temporada?" vou chamar a própria escritora para responder essa. Juliana?
Ela entrou um pouco envergonhada pelos aplausos e sorriu para todo mundo antes de se sentar, um pouco longe de mim. Boa escolha.
- Então? - perguntei. - Vai ter segunda temporada?
- Na verdade não. - ela respondeu. - Dear Mahone é uma história única. Vou sentir muita saudade de escrever ela, mas não.
- Você vai fazer outra fic? Você me disse que não iria postar outra fic, mas mudou de ideia há algumas horas, por que? - perguntei.
- Ah... Sabe eu amo escrever e escrever é quase que uma terapia pra mim. E eu não ia postar a fic Drop in Vegas, mas sei que algumas das minhas leitoras iriam gostar então decidi postar logo. Então sim, eu vou postar outra fic.
- Oh... - eu disse e mexi em algumas fichas. - Boa sorte, já pode ir.
Ela saiu acenando para todos que a aplaudiram de novo. E eu olhei para a próxima pergunta, chamando minha melhor amiga com um aceno.
- Nossa próxima convidada é a minha melhor amiga Julia. - eu disse enquanto ela subia as escadas. - Então amiga, essa próxima pergunta.. É bem curiosa.
- Qual? - perguntou ela e eu cruzei os braços. - Estão perguntando se a gente brigou, porque no fim da fic você mencionou que eu ficaria na mesma mesa que você e o Alex. Você sabia disso?
- Eu... É... Foi culpa da Bia. - ela disse apontando para a menina que estava tentando se proteger dentro do braço do noivo.
- EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊS ME COLOCARAM COM AQUELE IDIOTA DE PROPÓSITO! - gritei.
- Foi mal. - disse Bia da plateia e eu fechei minha mão me segurando para não voar no pescoço dela. 
- Respondendo á pergunta. - Julia disse tentando manter a calma da situação. - Eu e a Mari não brigamos.
- Pediram pra você explicar o final. - eu disse e ela mexeu no cabelo um pouco nervosa.
- Bem... Acabou antes da festa da Bia e eu estava nervosa porque sabia que você e o Alex estariam juntos na mesma mesa, estava com medo de que talvez vocês causassem a terceira guerra mundial, mas até que tudo ocorreu bem não foi?
- Sim, sim. - concordei de má vontade e pensei no churrasco, dando um sorriso por isso. - Próxima pergunta, você e o Austin já fizeram sexo?
- Quem perguntou isso? - perguntou ela ficando vermelha.
- Pediram para manter o anonimato, responde logo estou curiosa. - falei e olhei para o Austin que olhava para o chão, sentado na platéia.
- Isso é pessoal, desculpa não vou responder. - ela disse e eu revirei os olhos.
- Austin! - gritei o chamando e ele olhou para mim assustado, eu achava que essa era a cara normal dele. - É sim ou não.
- Sim. - ele respondeu em voz baixa e Julia ficou ainda mais vermelha. 
- O MEU DEUS! - gritei.
- QUE HISTÓRIA É ESSA RAPAZ? - gritou Jess, ops, talvez essa pergunta não devesse ter sido respondida.
- Bia acalma seu namorado. - pedi e voltei a olhar para as fichas. - Mais uma pergunta, o Austin responde suas DMs?
- Isso não está escrito ai. - disse ela olhando por cima da minha mão.
- Está sim. - eu disse e ela pegou a\s fichas da minha mão.
- Não está. - ela disse e devolveu as fichas para mim. - Minhas perguntas acabaram, eu vou embora. Juliana, volta aqui tem mais algumas perguntas que a Mari não quis fazer para você.
- Julia! - eu a chamei, mas ela já estava quase chegando no seu lugar, enquanto a idiota da Juliana voltava a se sentar no sofá ao meu lado dessa vez e com um sorriso no rosto. - Certo... - eu disse de má vontade e procurei alguma pergunta para ela. "Você foi seguida pelo Austin, como eu faço pra conseguir isso?" 
- Seria melhor perguntar para o Austin isso, mas eu não sei. Enchi ele de spam direto por três dias, então na segunda eu fiquei sem internet quando fui para a escola e quando voltei pra casa BOOM, ele havia me seguido. Acho que ficou com saudade de não me ver nas suas mentions, mas eu não sei, acho que você deve mandar bastante spam pra ele, algumas amigas minhas conseguiram assim.
- E há quanto tempo você é mahomie?
- Minha irmã me mostrou o vídeo de SYJAF do Austin no ano novo de 2012 pra 2013, dizendo "olha que ridículo esse garoto que imita o Justin". Então assisti Say Something e achei ele lindo e então acabei aqui nesse fandom.
- Sou mais o Justin. - eu disse e ela revirou os olhos. - Suas perguntas acabaram, uma salva de palmas para ela pessoal.
Todo mundo bateu palma enquanto ela saia.
- Agora eu quero chamar o Ted. - eu disse e o garoto alto se levantou e veio até o palco. - Boa noite. 
- Boa noite. - ele respondeu e olhou em volta. - Por que me chamou aqui?
- Só falaram de você uma vez na fic, fiquei curiosa, vocês ganharam o campeonato da escola? - perguntei.
- Ah.. Ganhamos sim. - ele disse. - Ganhei também uma vaga para a Arizona Athletics.
- O meu namorado está indo para lá também. - eu disse surpresa e sorri. - Nos veremos por mais algum tempo então, quero ver se você joga bem mesmo.
- Pode deixar. - ele disse sorrindo.
- É isso. - falei. - Ficamos por aqui. Quero agradecer aos convidados especiais e a todos que vieram aqui. Austin pediu para lembrar vocês a comprarem as novas músicas dele e o link de Drop in Vegas (http://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-austin-mahone-drop-in-vegas-1747859). Sentirei saudades e ficamos por aqui.

quinta-feira, 13 de março de 2014

Last Chapter


"Forever"
Querido Mahone,
Digamos que eu tenho ainda menos experiencia com cartas do que você, mas vou tentar. Eu fiquei sabendo que você voltou e espero que tenha aproveitado bastante lá na China, tenho certeza que foi melhor do que aqui. Até estou sentindo falta da escola, pra você ter noção do meu desespero, mas acho que valeu a pena.
Sei que nunca fomos do tipo amigos, mas nos últimos dias tem dado certo não é? Bom... Até o beijo. Eu entendo como é a sua situação de querer continuar a amizade e tudo e mesmo achando que não da pra continuar como antes, eu prefiro tentar do que te perder, afinal demorou tanto tempo para você parar de ser um idiota, se bem que... Pensando melhor, eu que me acostumei com isso.
Confesso que usei esses dias que fiquei em casa para tentar te esquecer, considerando que o lance da amizade não daria certo, mas de uma forma ou de outra você sempre voltava aos meus pensamentos. Então eu percebi que eu não conseguiria ficar longe de você, ainda mais porque ultimamente é você que tem estado todos os momentos lá para me ajudar e considerando que eu tenho tendencia a me envolver em problemas, não posso ficar sem você.
Pra falar a verdade isso tudo foi um jeito de dizer que eu preciso de você.
Ps.: E mais uma coisa, o que você queria tinha pra me dizer?
Julia

- Eu me lembro de ter escrito naquele dia um milhão de vezes Austin e jogado o papel fora. - comentei enquanto olhava para o papel. - Mas ei, a gente nunca teve aquela conversa. - eu disse e olhei para Austin com um olhar acusador.
- É... - ele disse fingindo não ter notado meu olhar e sorriu se aproximando de mim.
- Afinal o que era? - perguntei curiosa.
- Não era nada. - ele disse e deu de ombros se afastando, mas eu o puxei de volta.
- Qual é, fala logo. Odeio que me deixem curiosa. - eu disse irritada e ele sorriu.
- Você é linda. - ele disse e eu revirei os olhos.
- Não enrola.
- Tudo bem. - ele disse derrotado. - Eu queria dizer que se você não tivesse dado o soco no Robert eu mesmo teria dado, ninguém mexe com a minha mulher. - disse me fazendo rir.
- Dá pra parar de ser idiota? - eu disse o empurrando. - Conta logo.
- Se eu contar ganho o que? - ele perguntou me puxando pela cintura de encontro a seu corpo me fazendo sentir um arrepio na espinha que eu só sentia com ele.
- O que você quiser. - eu disse com a voz rouca em sua orelha e ele me beijou. - Conta primeiro. - eu disse terminando o beijo.
- Como você é insistente.
- Como você enrola. - eu disse. - Já pensou em fazer filme?
- Sou mais fazer shows. - disse ele.
- Amor fala logo ou você vai dormir sozinho pelo resto da vida. - eu disse com um sorriso assustador e ele respirou fundo.
- Eu só queria arrumar um motivo pra você ir ao show e na hora eu realmente pensei em dizer que gostava de você, só que não deu e decidi fugir.
- Grande homem eu arrumei. - eu disse e ri.
- Além disso, você foi mais rápida. - ele disse e se aproximou de mim pra me beijar, mas eu desviei.
- O que é isso? Eu te contei. - ele perguntou frustrado.
- Mas não foi o que eu quis ouvir. - eu disse e ele bufou.
- A culpa não é minha. - ele disse fazendo biquinho. - Ainda quero o Austin Junior e a Auslia.
- Você não se acha muito novo pra ter um filho não? - perguntei e ele deu de ombros.
- Tudo bem meus bebes podem esperar, mas eu e você não. - eu disse e ele começou a me beijar me deitando na cama.
- Austin. - eu disse entre o beijo.
- O que? - ele perguntou e abriu os olhos.
- Se você colocar esse nome nos nossos filhos eu juro que te mato. - eu disse e ele riu voltando a me beijar. - Calma, vamos guardar essas coisas. - eu disse o empurrando e ele tirou a cartas que estavam espalhadas e colocou dentro da gaveta.
- Agora podemos? - ele perguntou. - Antes que seu irmão apareça por aqui com um revólver.
- Jess agora está aceitando bem nosso relacionamento. - eu disse a ele.
- E o borracheiro também, já que tem que vender pelo menos quatro pneus para mim toda semana. - disse ele e eu ri. - Quando nós formos pra nossa casa, seu irmão nunca vai chegar perto da garagem.
- Tudo bem. - eu disse e ri me aproximando dele. - Mas não se preocupa com isso agora. Então.. Onde estávamos?
- Onde acha que estávamos? - ele perguntou e tocou com sua boca em meus lábios.
- No fim da nossa história?
- Ou no começo de outra. - ele disse e me beijou intensamente, mas não por muito tempo. - Acho melhor nós irmos logo antes que sua mãe apareça aqui perguntando o que eu estou fazendo com a filha dela e querendo me castrar
- Amor. - eu disse com calma tentando não rir, eu tinha quase certeza de que minha mãe ainda aparecia em seus pesadelos. - Tem quatro seguranças lá fora, ainda acho isso desnecessário mas...
- Hey. - ele disse tocando meu rosto. - Enquanto sua mãe estiver na cidade, eu vou andar com quantos seguranças for necessário. - ele disse e eu revirei os olhos me levantando da cama.
- Bom saber que você gosta da minha família. - resmunguei enquanto andava em direção ao banheiro para dar uma ultima arrumada no cabelo. - Ou dos meus amigos antigos.
- Em minha defesa eu não tenho nada contra o Anderson. - ele disse se levantando também. - Ou o seu pai. Até que ele aceitou bem nosso namoro. Depois da reação da sua mãe confesso que eu estava morrendo de medo. Eu me pergunto como você é tão normal em comparação a eles.
Dessa vez decidi nem responder. Eu estava feliz por Mari estar aqui de novo, já que depois da festa de noivado Bia e meu irmão iriam para a Califórnia com a minha mãe enquanto estavam a procura de um apartamento pra eles que não fosse nem tão longe da faculdade de Jess ou da nova escola da Bia. Eu me perguntava quando foi que eles se tornaram tão responsáveis em tão pouco tempo, afinal antes do noivado eles namoravam por o que? Um mês e meio?
- O que foi? - perguntou Austin notando minha careta no espelho.
- Esses dois. - eu disse e dei um suspiro me virando pra ele. - Me prometa que não vamos nos casar tão cedo.
- Eu prometo. - ele disse e deu um sorriso. - No momento eu não tenho vontade de fugir da cidade como eles.
- Eu só queria que eles desistissem dessa história toda, a Bia é muito nova e...
- Fica calma. - ele disse me abraçando. - Bia só vai se casar quando tiver idade pra isso. Você sabe que eles não pensam também em se casar tão rápido.
Eu assenti com a cabeça e dei a mão para ele antes de sairmos do quarto. Era a festa dela, eu precisava me animar.
Assim que chegamos no estacionamento - com a escolta de seguranças do Austin - eu entrei no carro vermelho e virei a cabeça em direção a janela do carro. Austin acabou indo do meu lado e um dos seguranças dele iria dirigir, enquanto os outros iriam em outro carro. Eu não sei pra que tanta coisa, mas Austin era exagerado e eu não estava afim de discutir novamente.
Enquanto eu olhava para a rua, pude ver quando passamos pela rua que levava ao grande prédio da escola. Parecia que tinha sido ontem a semana dos trabalhos e provas finais - no meu caso, por não poder sair de casa e ter de fazer a segunda chamada. Senti um calafrio percorrer por meu corpo quando me lembrei que todos meus amigos não estariam lá ano que vem. Seria estranho não ver aqueles rostos que eu conhecia por lá.
Tentei mudar meus pensamentos pra uma coisa menos deprimente, como o noivado de Bia. Não que tenha sido uma opção muito melhor. Me lembrei da conversa que tivemos quando eu voltei da Califórnia. Bia havia me explicado que meu irmão e ela já estavam meio que enrolando há um tempo, mas não era nada sério e não queria me preocupar com isso. E me lembrei especificamente de um assunto da nossa conversa.
- Eu ainda não entendo que loucura é essa agora. - eu disse ainda chocada no quarto dela.
- Eu já te expliquei Ju. - ela disse enquanto fazia uma trança de lado em seu cabelo. - Eu amo seu irmão, aceite isso. - disse me fazendo rir e segurar a vontade de vomitar.
- Alex me contou que Robert ouviu de Jess que você estava tendo umas... - eu não terminei a frase para que Bia não pensasse que eu estava lhe chamando de louca, mas ela sabia exatamente do que eu estava falando, pois ouvi ela murmurar "depois ainda dizem que mulheres são fofoqueiras" - Então... É verdade?
Bia apertou os lábios antes de amarrar a trança e se levantar indo até uma gaveta e pegou um livro, que eu percebi quando ela se sentou ao meu lado que era um diário.
- Eu realmente devo muita coisa a você e ao Jess. - ela disse passando a mão levemente em cima do diário velho. - Eu não quero te contar as coisas, acho que seria menos pior se você lesse.
- O que? - eu falei com a voz esganiçada. - Não vou ler seu diário Bia, eu sei que isso é pessoal.
- Mas eu quero que você saiba das coisas e não sei se vou conseguir falar isso em voz alta. - ela disse e olhou pra baixo, mas eu apertei levemente sua mão e ela olhou de novo pra mim, fazendo com que eu pudesse ver uma lágrima solitária em seu rosto. Ela respirou fundo antes de limpar a lágrima e colocar o diário ao seu lado. - Você conhece essa história. É sempre tudo igual. Os meninos são maus e é isso. Se você não agrada a eles, eles vão te perseguir e tornar sua vida um inferno e eles são bons nisso.
- Certo. - eu disse com um sorriso fraco, entendendo perfeitamente o ponto dela, mas eu nunca me dei muito mal com eles, afinal acho que a maioria dos garotos da escola tinham medo de mim e de Mari e eram bem cuidadosos com o que falavam. 
- Eu nunca tive amigas assim que nem você. - ela confessou. - E com certeza nunca imaginei que acabaria namorando um garoto da escola. O caso é que eles fizeram da minha vida um inferno por anos e anos, mas tinha um que exagerava. Tem certeza que não quer ler? - ela perguntou ajeitando a coluna e apontou para o livro ao seu lado e eu sorri negando com a cabeça.
- Você está indo muito bem.
- Obrigada. - ela disse e deu um sorriso fraco em resposta. - Esse garoto fez coisas... ruins comigo. Até faria pior se os amigos dele não tivessem achado que ele estava indo longe de mais e desistiram. Eu realmente me iludi pensando que ele iria parar, mas suas ameaças ficavam cada vez piores. Sem seus amigos ele não me batia, mas ele tirava tudo que era importante pra mim. Eu tive um cachorro uma vez... - ela secou rapidamente uma lágrima em seus olhos. - Depois toda vez que eu saia de casa ele aparecia para me atormentar e eu comecei a ficar louca. Minha mãe me levava para o psicologo três vezes por semana e você não tem ideia de como eu ficava nervosa esperando uma explosão ou uma batida de carro. - ela respirou fundo.
- Eu sinto muito. - eu disse impressionada em como alguém seria ruim o bastante a esse ponto.
- Acho que depois de um tempo ele cansou de mim, ou arrumou um outro alvo. - ela continuou. - Mas eu já estava com essa mania de perseguição e até comecei a ver ele na rua só me esperando, mas ninguém mais via ele e achei que estava ficando louca. Então os pesadelos pioraram, ele prometia levar minha sanidade e de certa forma, já havia levado e com quanto mais medo eu ficava, mais vezes eu começava a ver ele. Eu queria contar para a minha mãe nesse ultimo ano, mas eu me recusava a ficar presa em uma clinica. Então eu comecei a resistir e até deu certo por um tempo. Até ele voltar a vir atrás de mim. Eu ainda resistia, mas era difícil, até vocês chegarem. Jess me defendeu um dia no corredor e depois eu conheci você. Vocês me deram um motivo pra continuar lutando então eu consegui me recuperar.
- Mas por que elas voltaram?
- Quando eu briguei com você, eu imaginei que era só uma questão de tempo até eu perder Jess também. Eu sei porque ele me pediu em casamento. Ele chegou lá em casa um dia e eu estava apavorada brigando com... - ela não disse o nome, mas eu sabia que era do filho do demônio que ela estava falando. - E nós já conversávamos sobre fugir, mas meu pai com certeza não deixaria. Já minha mãe gosta de Jess, confia nele, depois de você fomos contar pra ela e você não tem noção de como ela ficou animada. Jess sabia que eu não iria abandonar tudo assim e ir com ele pra Califórnia.
Bia suspirou depois de contar e limpou outra lágrima de seu rosto. Mas eu sabia que essa não era de tristeza, era de alívio. Ela colocou o livro de volta na gaveta e eu corri em direção a ela lhe abraçando.
- Estou feliz que você esteja entrando para a família. - eu disse me separando dela e ela sorriu.
- Agora você sabe por que sou vegetariana. - ela disse e eu a olhei confusa. - O Brad, Julia. Meu cachorro.
Brad. Ela havia dado o nome do cachorro de pão e queria que o coitado do Brad tivesse uma vida feliz, pensei mas não comentei nada. Apenas apertei a mão com vontade de dar uma bela surra em quem quer que fosse o otário que havia matado Brad e feito a vida de Bia tão infeliz.
- Ai! - Austin gemeu ao meu lado e notei que era porque eu estava fazendo uma enorme força em sua mão.
- Desculpa. - eu disse envergonhada.
- Relaxa, vai dar tudo certo. - ele disse e deu um beijo nas costas da minha mão. - Você estará segura comigo. - e seus vários seguranças, completei mentalmente. - Confie em mim.
- Eu confio. - eu disse e sorri pra ele, era tão incrível como ele conseguia me acalmar tão fácil.
- Vamos? - ele perguntou assim que saímos do carro, eu não havia percebido que eu estava parada em frente ao salão como uma estátua. 
Na entrada do salão eu vi a Mari chegando com o namorado dela, o Andy e senti Austin enrijecer ao meu lado, mas ele passou a mão ao redor da minha cintura e eu sorri confiante para ele enquanto ignorava a formação dos seguranças ao nosso redor.
- Vamos, mas antes... - eu puxei ele e lhe dei um ultimo beijo antes de entrar na festa, eu sabia  que precisava de força pra aguentar toda aquela gente junta enquanto olhasse para mim enquanto eu fizesse o discurso de comemoração, que por sinal estava horrível e provavelmente eu iria acabar improvisando outra coisa na hora e ainda mais força pra tentar não matar o idiota que havia feito a separação das mesas que acabou nos colocando junto com a Mari, mas é claro que o Austin ainda não sabia disso, muito menos o Alex que ficou de sentar com a gente também.
Austin me puxou ainda mais em direção ao seu corpo fazendo com que eu esquecesse meus pensamentos e o frio de sempre na barriga voltasse. Agora sim eu estava pronta para entrar lá. Me afastei assim que precisei respirar um pouco, mesmo contra minha vontade.
- Agora sim, está na hora de ir. - eu disse e dei a mão para ele esperando que tudo um dia pudesse ficar menos complicado, ou pelo menos que eu conseguisse sobreviver a festa.


Ps.: Façam perguntas nos comentários que eu vou fazer um #AskMari, obrigada por tudo mesmo, todos os comentários e o apoio, obrigada a todas as leitoras, amo vocês demais e se puderem deem uma passadinha lá no http://imaginebelieber761.blogspot.com.br/  
Até a próxima <3

terça-feira, 4 de março de 2014

Chapter 50

"Não importa onde eu vá, nós vamos estar sempre juntos para todo o sempre."
Eu estava me arrumando para o show. Austin e Alex haviam vindo para cá com a Sra. Mahone e todos estavam em um hotel aqui perto pelo que me disseram.
- Como estou? - perguntou Mari entrando no meu quarto e fez uma pose.
Ela não estava nada mal, o cabelo estava solto e ela estava com uma maquiagem perfeita, o que não era surpresa, afinal ela fazia curso de maquiagem.
- Gostei da maquiagem. - eu falei e ela revirou os olhos.
- Estou falando da roupa babaca. - ela disse e veio até a frente do espelho para olhar direito a saia de lantejoulas azul e a blusa preta. - Não está muito ruim não né?
- Está chamando atenção. - eu disse e ela sorriu.
- Então está perfeito, sua roupa está legal também. Já usei essa com o Andy.
- Eu estou de toalha. - eu disse e ela deu de ombros. - Senhor. - eu disse entendendo o que ela quis dizer. - Quando vocês... Você não disse que ele era lerdo?
- Sim. - ela disse rindo. - Mas quando terminamos fomos em uma festa e eu fiquei com um cara lá. Só que eu não sabia que o Andy ia e quando ele me viu ele teve atitude e FINALMENTE virou homem. Se eu soubesse que era só ficar com outro já teria ficado há muito tempo.
- Você devia ser internada. - eu disse. - Sério mesmo, você traz risco pra sociedade.
- Tá tá. - disse ela. - Vem aqui pra eu te maquiar.

Nos arrumamos e ficamos esperando os meninos chegarem na frente da portaria.
- Até que em fim. - disse Mari quando viu eles chegando com o taxi.
- Entrem logo. - disse o Alex.
- Não. - Mari respondeu. - Eu levo vocês.
- Em primeiro lugar. - disse Alex enquanto ia para o banco da frente. - Você está de salto, não vai dirigir assim. E em segundo, eu tenho amor a minha vida.
- Se tem mesmo amor a sua vida não deveria falar assim comigo. - disse Mari e foi pra cima de Alex, mas dessa vez eu consegui segurar ela.
- Entra logo. - eu disse a empurrando pra dentro do taxi.
- Eu pensava que a Julia era estressada. - disse Alex em voz alta o suficiente para Mari ouvir e dar um tapa na cabeça dele. - Alguém prende essa menina. - disse ele e eu ri.
- Já tentaram. - eu disse e ela olhou pra mim.
- Não tem graça. - ela disse irritada e cruzou os braços.
- O que você quer dizer com isso? - perguntou Austin e Mari tampou minha boca com sua mão.
- Nada.
Não conversamos mais durante a viagem. Mari começou a mexer no celular e eu fiquei observando a paisagem assim como os meninos. Percebi pelo caminho que o show seria no Staples Center, faltava pouco para chegarmos lá. O lado bom de estar de volta em casa é que agora eu tinha uma noção de quanto tempo iria demorar a viagem e para onde estávamos indo.
Olhei pela janela e vi que o sol estava se pondo no horizonte. E sorri com a linda vista, mas meu sorriso se desfez assim que olhei para Alex. Pelo retrovisor do carro eu conseguia ver a sua cara de preocupação e ele mexia inquieto a mão na janela. Eu não o conhecia a muito tempo, mas conhecia a tempo suficiente para saber que ele havia terminado de novo com a Sara. Eu havia percebido da ultima vez que ele ficava mais insuportável quando terminava com ela. Pelo menos dessa vez o alvo não era eu e sim Mari. Infelizmente, minha amiga não tinha tanta paciência como eu.
- Quanto tempo pra chegar lá? - Alex perguntou para o motorista e antes que ele respondesse Mari deu um grito tão alto que assustou o motorista e ele perdeu por alguns segundos o controle do carro.
- AH MEU SANTO! - gritou Mari antes de dar mais um grito.
O motorista reduziu a velocidade e parou o carro enquanto Mari ainda gritava.
- PRA FORA! - gritou o motorista ainda mais alto que a Mari, que pelo que eu vi estava chorando.
Eu estava tão perdida que acabei ficando paralisada e só voltei a me mexer quando senti Austin me puxar para fora do carro.
- O que aconteceu? - perguntei preocupada enquanto Alex pagava o motorista e Austin puxava minha amiga para fora do carro.
Mari estava segurando o celular e tremendo enquanto chorava. Austin olhou para mim preocupado e eu estava muito preocupada também, nunca havia visto Mari desse jeito.
- Não pode ser. - eu disse pensando em uma unica coisa capaz de fazer minha amiga surtar daquele jeito.
O motorista deu a volta e foi em bora o mais rápido que pode nos deixando no meio da rua. Puxei o celular da mão da Mari e meu queixo caiu quando eu vi que Chaz e Justin haviam seguido ela no twitter.
- Qual o problema? - perguntou Austin se aproximando de mim e Mari começou a gritar e correr em direção a rua gritando e chorando ao mesmo tempo.
- O Justin seguiu ela. - falei enquanto Alex se aproximava olhando para a Mari com medo.
- Se ela for atropelada podemos deixar ela aqui? - perguntou e eu lhe lancei um olhar furioso. - Tudo bem, eu vou pegar ela antes que alguém se machuque.
- É sempre isso que acontece quando um ídolo segue seu fã? - ele perguntou enquanto olhava Alex correndo atrás de Mari que corria e gritava "O JUSTIN ME SEGUIU! O RYAN ME SEGUIU!" e corria do Alex tentando não ser atropelada.
- Espero que não. - respondi preocupada. - Mas e agora como vamos para o show?
- Ainda está longe do Staples Center? - perguntou Austin.
- Não, são só algumas quadras daqui. - respondi e dei um assobio alto que fez Mari parar de correr. - VOLTA PRA CÁ AGORA OU EU VOU GRITAR PRA TODO MUNDO TUDO QUE EU SEI SOBRE VOCÊ!
Não precisei gritar duas vezes. Em segundos Mari estava de volta ao meu lado e tomou o celular da minha mão, começando a comemorar no twitter. Pelo menos no celular ela não estava colocando a vida de ninguém em risco.

Mari e Austin andavam atrás enquanto eu e Alex íamos um pouco mais a frente. Austin não parecia muito feliz com isso, mas achamos melhor não deixarmos os dois muito perto um do outro e na calçada não cabia muito mais que duas pessoas lado a lado.
- Só estamos aqui por causa da Bia. - disse Alex e eu olhei para ele confusa. - Achei que deveria saber que ela tem nos ajudado.
- Como? - perguntei ainda sem entender.
- Bia nos contou sobre sua amiga e as duas estão combinando isso há um tempo já. - ele me contou e eu olhei para frente sem responder nada. - Ela é uma pessoa legal Julia.
- Muito. - eu disse irônica.
- Você sabe que sim. Caso você não saiba ela sente muito sua falta.
- Ela deveria ter pensado nisso antes de mentir para mim. - falei sem emoção alguma na voz.
- Ela e seu irmão começaram a namorar pouco tempo depois de você se machucar, ela ia te contar quando fomos pro iate.
- De certa forma ela me contou.
- Ela não queria te contar daquele jeito. Vocês são amigas.
- Não mais. - falei.
- Vai deixar isso estragar a amizade de vocês? - ele perguntou e eu dei de ombros. - Acredite em mim, ela precisa de você. Não sei se você sabe, mas Robert me contou que Jess anda preocupado com ela. Eu não entendi direito o que ele disse, só que Jess já pegou a Bia brigando sozinha com alguém.
- Ótimo, agora ela virou revoltada e quer brigar com todo mundo.
- Você não entendeu. - disse ele e revirou os olhos. - Ela briga com alguém que não existe. O Robert disse que uma vez o Jess a deixou sozinha no restaurante enquanto foi pagar a conta e quando voltou ela estava desesperada chorando.
- Isso é serio? - perguntei. - Ou você só está falando isso pra eu me sentir arrependida e voltar a falar com ela?
- Acredito que seja mesmo verdade. Jess tem andado preocupado com ela, mas... - Alex olhou para mim e olhou para o chão. - Falta muito?
- O que você ia dizer? - perguntei.
- Eu já disse, falta muito? - ele disse tentando disfarçar. - Meu pé está começando a doer e...
Não deixei ele terminar de falar. Eu odiava quando tentavam me enrolar e o joguei na parede apoiando meu braço sobre o seu pescoço.
- Você sabe o que eu estou falando é melhor falar logo antes que eu acabe com você.
- JULIA! - Austin gritou e veio em minha direção.
- ACABA COM ELE, CHUTA NO PINTO, VAI NO PINTO! - ouvi Mari gritar pouco antes de Austin me tirar de perto do Alex. - Nem um chutezinho? - disse ela decepcionada. - Cansei. - disse erguendo as mãos e continuando a andar.
- Cala boca e fique aqui. - eu disse pra ela.
- Desculpa amiga, mas não sou cachorro e tem um show me esperando. - ela disse mas eu lhe lancei um olhar irritado que fez ela parar e se encostar na parede. - Andem logo por favor.
- O que aconteceu? - perguntou Austin depois de ajudar o amigo a se recuperar do susto.
- Alex estava me irritando. - eu falei dando de ombros.
- Tá vendo! - disse Mari. - Eu disse que era pra acertar no pinto.
- Ok. - eu disse ignorando minha amiga. - Ele começou a falar da Bia e eu me irritei. Acabei descontando nele, me desculpa.
- Fraca. - comentou Mari e eu me controlei pra não voar em cima dela.
- Mas me conta logo o que tem o Jess? - perguntei e Austin olhou para Alex.
- Surpresa. - disse Alex e eu revirei os olhos.
- Não gosto de surpresas.
- Então sinto muito amiga. - disse Mari e eu olhei pra ela e pra eles.
Saindo da esquina passou uma menina enrolada em uma bandeira do Justin Bieber sem nos ver e entrou em uma loja.
- Você não disse que o show era seu? - perguntei para o Austin.
- Na verdade eu disse que tinha um show essa noite, não disse que era meu. - disse ele.
- Mari cobrou um preço alto para nos receber sem contar para você. - disse Alex e olhei irritada para Mari.
- Não acredito nisso. - eu disse irritada. - Eu vou embora. - falei e fui atravessar a rua, mas Austin me puxou me mostrando 4 crachás tipo aqueles que a imprensa tem.
- Quando eu falei com o Justin mais cedo, contei a ele que estávamos indo no show dele. E ele mandou entregarem isso no hotel.
- Somos VIP e ninguém me avisa? - perguntou Mari animada e pegou o crachá da mão do Austin e começou a gritar.
- Por isso não te falamos. - disse Alex. - Você só sabe gritar? - ele perguntou e Mari sorriu pra ele antes de mostrar o dedo do meio. - Eu vou arrancar esse dedo da sua mão e fazer você comer.
- Parou os dois! - eu disse e Mari começou a tirar fotos do crachá.
- Eu devia ter contado, mas eu queria manter a surpresa, achei que você fosse gostar de fazer uma coisa diferente. - disse Austin e colocou a mão nas minhas costas me fazendo soltar um suspiro.
- Tudo bem. - eu disse e ele me deu um beijo rápido. - Babaca.
- Te amo. - ele disse e eu sorri.
- Então... Onde entramos com esses cartões legais? - Mari perguntou animada depois de ter tirado um milhão de fotos com o cartão.
- Eu acho que eu sei disse Austin e foi nos guiando para dentro do Staples Center.

Eu não podia negar que eu estava adorando assistir ao show dessa vez ao lado de Austin. Ele mantinha sua mão em volta de mim e eu o abraçava de lado. Mari já havia passado de seu estado de desespero inicial e agora só se preocupava em gritar tão alto quanto as meninas que estavam lá em baixo na pista. Alex estava do outro lado tentando assistir ao show longe dos gritos da Mari. Senti Austin me apertar para mais perto de seu corpo e senti minha bunda tremendo. Austin deve ter sentido também meu celular tremendo, porque apontou para o banheiro que tinha no canto da sala.
Tirei o celular do bolso e quando vi que era a Bia. Eu teria desligado se não fosse por Austin segurando minha mão.
- Atende. - ele disse quando olhei para ele. Na verdade, não consegui ouvir sua voz, por causa dos gritos estridentes de Mari.
Austin estava certo, mesmo depois de ter mentido para mim, Bia merecia uma chance. Talvez eu estivesse realmente pegando pesado com ela e mesmo não achando que aqui era o melhor lugar para uma conversa, eu corri até o banheiro e atendi o celular.
- Oi. - eu atendi enquanto fechava a porta e o barulho do lado de fora se tornou baixo o suficiente para que eu conseguisse ouvir a voz da Bia do outro lado.
- Oi, eu... - ela parou de falar por um momento.
- Bia. - eu disse e respirei fundo. - Eu queria que você soubesse que eu te perdoo por ter namorado com meu irmão e não ter me contado. Os meninos me falaram que você não fez por mal e...
- Não, não, você estava certa. - ela me interrompeu. - Eu deveria ter ido até sua casa, assim como fui no escritório do seu pai.
- Jess te apresentou ao meu pai? - eu perguntei mais surpresa do que com raiva. Jess nunca apresentava nenhuma de suas namoradas para a família.
- Sim, na semana passada. - ela disse um pouco envergonhada. - Ele ficou bem feliz com isso.
- Eu fico feliz por vocês. - eu disse verdadeiramente dessa vez, pensando bem, se fosse pra alguém dar um jeito no meu irmão, quem melhor para fazer isso que a Bia?
- Mas eu queria te contar uma coisa, na verdade Jess tem uma coisa pra falar. - ela disse com a voz um pouco nervosa e eu esperei enquanto ouvia algumas discussões do outro lado da linha.
- Oi. - Jess disse seco.
- O que você tem pra me dizer? - perguntei curiosa.
- Não é na... Ai! - provavelmente isso era o som da minha amiga fazendo um bom trabalho. - Tudo bem, eu passei em uma faculdade. - ele disse rapidamente e eu esperei para que ele dissesse qual era o motivo de tanto mistério, então a voz de Bia voltou a falar do outro lado.
- Julia. - Bia me chamou.
- Oi. - falei sem paciencia. - Dá pra alguém me explicar logo o que está acontecendo?
- Certo. - ela disse e ouvi o som de sua respiração pesada do outro lado.
Eu não consegui ouvir o que Bia disse no celular, pois nesse momento alguém começou a bater na porta do outro lado.
- Está tudo bem? - a voz perguntou e identifiquei que era Austin.
- Um minuto. - eu disse para Bia e abri a porta do banheiro fazendo um sinal para Austin entrar.
O banheiro não era muito grande, havia apenas uma cabine aberta e tive que me encostar na parede para que ele conseguisse entrar e fechar novamente a porta. Fiz um sinal para ele ficar em silencio e ele assentiu.
- O que você disse? - perguntei colocando o celular no viva voz.
- Essa faculdade que Jess passou é ai na California e eu vou com ele para ai ano que vem.
- Como assim? - perguntei com a voz estérica, eu não aguentaria perder todo mundo ano que vem.
- Eu queria que você fosse uma das primeiras a saber disso. - ela disse. - Eu e Jess estamos noivos.
- O QUE? - dessa vez minha voz saiu como um grito desesperado e eu provavelmente teria caído se Austin não tivesse me segurado.